MOCHILANDO NO PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira)
Partindo no dia 31 de outubro (“Halloween” Noite das Bruxas sim!, pois vi crianças fantasiadas e maquiadas pedindo doces do banco da loja de conveniência ao posto de combustível na noite fria de Apiaí) e retorno previsto no dia 02 de novembro, feriadão de finados, agora mesmo e acolhido pelo sol do Capote de onde escrevo, ao terceiro dia em que resolvi por em prática o meu espírito de MOCHILEIRO, e fui de Ribeirão Branco para conhecer ao Petar.
Muito foi legal?, IRADO!, sem dúvidas, foi sim!, Outro muito foi estressante, sem planos, foi SEM razão, exato! Seguindo a AMBIGUIDADE por cada passo caminhado e vivo, descreverei abaixo a experiência em fotos e vídeos e o que aprendi desses três dias de viagem.
A parte prática de todos os gastos que tive está lá abaixo de tudo, e postarei aqui um relato com certa emoção, porque faltou você ali, caro leitor e leitora, caro amigo, cara namorada, menos imaginários fossem e mais presentes ESTIVESSEM, dando-me cortes e apoio nos diálogos, para que eu não tivesse que INTERPRETAR tantos sons vindos da chuva, do barro, da natureza, como respostas aos meus inúmeros PEDIDOS introspectivos de suporte para chegar à qualquer lugar coberto de nós dois, okay. – “O Caminho só existe quando você passa!”. Esse é um refrão existencialista, e cabe bem aqui.
Dica 1: Compre um carro.
ACEITE COMPRAR UM CARRO!
Viajar de mochila, á PÉ, nas esperas por caronas e aos horários de ônibus, das quais decorrem imemoráveis horas de decepção por não acontecerem, BEM quando a tua vontade pede ou NECESSITA, é estressante sim!
Vocês lerão, na planilha de gastos que fiz lá embaixo, que o tempo de horário entre as conexões dos três ônibus que me levaram e trouxeram foi longo. E o que acabo fazendo: comendo! Comendo imensuráveis paçocas; salgados promocionais; bananas da terra e cafezinhos, etc.
Sou um cara comunicativo, acima de qualquer não aparência disso, e pude ouvir sobre o plantio agrícola com uma senhora no aguardo em Ribeirão Branco por ex., aprender com o Sr. que me fez o hot dog duplo em Apiaí que pode ser uma boa para alguém como eu montar um trailer ou banca e fazer como ele, em conjunto de plantar, “PRODUTOR AGRÍCOLA, pensa bem sair dessa”, (pq o tempo na agricultura também parece infindável no retorno do investido).
Geralmente começo as conversas com os e as atendentes, nos lugares onde consumo, no que quer dizer SIM! Nós somos seres COLETIVOS, e para tu ti comunicar, tu acabarás consumindo! Ou gastando com qualquer outra coisa, tipo artesanatos, tipo hospedagem, tipo “baladinhas”. E não estranhe por eu não colocar gastos com bebidas na minha planilha: levo uma garrafa de ÁGUA de 2 litros, garrafa de VIDRO gente, sempre!, melhor para a sua saúde que o plástico, no compartimento da mochila, e onde tem possibilidades, encho o refil com água limpa e sigo.
Essa dica agora se faz bem pessoal, certo? Em lugares como o Petar, bem como em praias mais desertas, (ilha do Mel; ilha do Cardoso), do estilo Natureba Hipponga, você arrasa só com um carrinho ou picapinha de uns 15 mil reais, boa conversa e boa atitude, com a pessoa certa ao lado. O AUTOMÓVEL é um meio!, O que faz o nosso BEM é o ESTADO, a ATMOSFERA, a SEGURANÇA da CORAGEM, a PEGADA, o DIÁLOGO, e chegar JUNTO, estar JUNTO, okay!
Tive a oportunidade de ter esses carros quando fui para Europa em 2008, e depois quando voltei de Florianópolis em 2015, e ainda com um excedente para rodar e curtir. Eu tenho uma enorme restrição em fazer financiamentos, gosto de comprar tudo à vista, porém hoje, mesmo perdendo com os juros, pretendo financiar um auto em até esse valor de 15 mil reais, e partir para estrada motorizado, podendo ser a ponte de carona para os outros; podendo ser a tua companhia escolhendo músicas “EXPERIENCE church music” no wi-fi AMORE. Mesmo porque, depois se quisermos viajar para lugares no estrangeiro por ex. venderia o mesmo AUTO e, ainda com a desvalorização, conseguiria fazer a PONTE, certo?
O estresse da espera pela condução, as demoras e o desânimo infindável das CARONAS dispensadas (agradeço realmente nas preces que fiz e faço ao grupo de bikers “duas rodas”, a Dani, de Tatuí, que me levaram já nas alturas do mirante do caminho para o bairro Serra do Petar, embaixo de chuva ok. Bem como na volta, um casal de novinhos com um filhinho, simpatia de pessoas que me levaram já na altura do bairro Santana do Petar até Apiaí) gente é longe, LONGE demais! Mas, chegou a um ponto que para mim era andar ou andar, não dava mais para voltar!
Envolve riscos, óbvio! E o estresse desses entre tempos te leva à oportunidade de conhecer melhor, conhecer por todo ao ambiente e as pessoas (falarei mais abaixo). Apesar, que é justo dizer, pelo outro lado da moeda, com um milhão de preces que faço cada passo GARANTIDO, você acaba muito sensitivo a todos os sinais inerentes que sejam uma brecha de consolo e segurança, qualquer som, qualquer cor, qualquer nuvem, GANHAM um SIGNIFICADO AMPLO! Nada lhe passa despercebido, e é como uma resposta de DEUS que lhe ASSEGURA: “você chegará bem! FORÇA”!
Lembrando aqui, agradeço também ao Sr. do carro Van da saúde, que me deu carona de Guapiara ao sítio Represa do Capote, onde com muito louvor à nossa belíssima ÁREA, estou de volta! Vivo e chutando! ESCREVENDO feito lima grossa...
Dica 2: A Companhia faz toda a diferença.
TENTE A COMPANHIA ANTES DE PARTIR!
Os TAXISTAS iriam me cobrar 150,0 reais de Apiaí ao lugar aonde cheguei no Petar, uns 23 km de estrada ruim e terra. Andando mais para saída da cidade, abaixaram para 80,0, e ainda mais próximo á entrada da estrada de terra e final do asfalto, um morador me levaria os 23km por 50,0 reais.
Resumindo: se você está viajando em três ou quatro pessoas, ou vai entre lugares onde encontra esses VIAJANTES SOLITÁRIOS fazendo a mesma rota (o quê no caso brasileiro é bem improvável) você até divide esse “rolêzinho” taxi num preço agradável. Senão os valores são esses, e saiba: condições de estresse e climáticas e até de mudanças no clima ou anoitecer farão muito você necessitar ou querer pagar pelo serviço ofertado.
Planeje-se cara! Você irá convidar muitas pessoas para entrar nesse AMBIENTE á SÓS que é a tua vida REAL, e saiba já: muitos e muitas não terão a coragem de atender ao pedido e te acompanhar, porém resista! É melhor JUNTO. A gente FICA melhor na FOTO junto!
Porque é muito triste acordar num quarto de PENSÃO e sozinho, com cama extra SOBRANDO, mesmo a simpatia da recepcionista tendo ti arrumado dois cobertores extras, mesmo as acomodações, o banheiro e a televisão que “só pega a Globo” estarem bem arrumados e limpos, ta! Caras, é triste sentir-se só, e parece que o conforto piora tudo por dentro, por isso compreendo aos moradores de RUA não aceitarem voltar para qualquer lugar com mínimo de conforto: porque a dor cresce mano! Saca?
Por isso lá no Petar, já no bairro Serra, das pousadas e campings dali, apesar de ter a grana e da simpatia do pessoal do Moria (camping pernoite e café da manhã por 50,0 reais), fiquei zanzando porque queria encontrar naquele convívio de viajantes; grupos; uma companhia de CONVERSA e SENTIMENTO que valessem a pena, só ISSO, E assim fui levando e passei à noite às claras, sobre as cadeiras empilhadas da pastelaria da Zeni. Você leva, mas nas horas em que raciocina no que está fazendo, que hão pessoas que se importam por ti, quando amanhece, a verdade é que nos sentimos mal para caralho ok!
Bem parecido ao sentido quando arrumamos relacionamentos fúteis, e falarei mais abaixo sobre essa questão também.
Obviamente não sou tão inconseqüente. As pessoas e o ambiente estavam de certa aparência segura, o Petar é uma atmosfera bem interior e muito agradável em nos fazer sentir-se assegurados pelo bem, o bom senso, a natureza boa do humano, entende? Porém a minha lição é: o CONFORTO emocional depende de muito mais que o dinheiro! Eu estava com toda a GRANA que ganhei pesado nesses quatro meses anteriores de sítio, poderia pagar 12 diárias no camping, mais não quis pagar um ÚNICO pernoite porque me sentiria mal acordando ali no conforto, alguma coisa falta, cara! e FALTA muito! E é disso que falarei adiante: o quê descobri dessa vez!
Dica 3. Use a razão.
O ESTRESSE TE LEVA O MELHOR DO ROLÊ: SEJA RACIONAL
Use a razão! Antes de tomar atitudes amplificadas por rancor e desconforto emocional, peça ao bom senso da razão respostas ao que tu pretendes fazer. Use o PACTO SOCRÁTICO contigo mesmo, reflexionando como se dialogasse com alguém que te AMA.
A minha viagem foi ruim? Não! Vendo de agora foi irado em muitos pontos. Porém, envolveram riscos desnecessários procurando as RESPOSTAS e ENCONTROS que de fato eu buscava.
Envolveram deixar a minha FAMÍLIA preocupada. E cara, aprenda de uma vez por toda: para quem é do bem, você nunca irá curtir o “rolê”, encontrar alguém no “rolê”, sair com alguém no “rolê”, estando bem de fato no momento e PRESENTE TOTAL no momento, sabendo que alguém se PREOCUPA contigo!
Mesmo porque, mano, uma mulher certa, uma mulher guerreira, do bem, que é o quê você tem em mente, geralmente vai ao médico e consulta-se e toma remédio antes de se relacionar de fato com alguém, mesmo porque, você não estará nas melhores roupas e nas melhores higienes pessoais para dar ao respeito a ela e a família dela, como se conduz quando o momento é direito e o outro lado também quer você junto, se importa com você bem, por inteiros, integrados no bem e no risco, COLOQUE EM MENTE, cara!
Coloquei a cabeça no lugar quando amanheci sobre as cadeiras na pastelaria da Zeni, na verdade a noite demora muito, acompanhando a lua e a garoa da mata atlântica cruzando lentos na escuridão, e sentei-me no chão de cimento no trailer de lanche em frente ao Mangarito, onde a atendente simpática sugeriu que naquela hora, horas anteriores, eu arrumasse um lugar para pernoitar “conselho de mãe, eu disse”, tentei umas 2 horas carona com quem passasse, de muito mal já estava em rosto, e consegui o melhor conselho conversando com o Jura, dono de pousada e funcionário do centro de passeios, que me proporcionasse LIGAR da central de informações para avisar ao meu irmão que eu estava bem, daí tive forças para andar de novo.
E quando orando na volta, porque eu realmente estava muito cansado, as caronas pareciam findar em negativas, eu soube que eu me importo muito com o sítio, e pretendo ser responsável por nós aqui.
Dica 4. Seja Responsável por algo antes de partir
RESPONSABILIDADE NO SÍTIO REPRESA DO CAPOTE, DE VOLTA A ATIVA!
Primeiro, estava cuidando espiritualmente da minha família e cortei esse tratamento, graças à fortaleza deles, os encontrei bem, mesmo sem o meu apoio espiritual ao lado deles.
Segundo, estava com uma bruta saudade do meu cuidado aos animais aqui, aos de estimação Pipo, Ursa, Nina, Meg e até do delinqüente Tobi. E dos frangos e galinhas que “coloco para dormir” troco água e limpo o viveiro.
Eu me sinto RESPONSÁVEL! E me senti responsável nas piores horas do mochilão. Isso me assegurou muito ter a boa conduta comigo e com aos outros, okay!
Os almeirões e rúculas e alfaces, da horta que ajudei fazer, estão deliciosos!
O conforto do quarto, água quente de um chuveiro só meu, o pãzinho de manteiga e o café da manhã nunca foram tão bons como agora!
Esse sol maravilhoso na SERRA e na REPRESA que está aqui fora enquanto escrevo (depois da capa de chuva agüentar tão bem a neblina e chuvisco da mata atlântica do Petar). E secando as roupas no varal, que logo lavei por causa da pandemia e porque é ritual cuidar das roupas para o próximo dia!
Como foi bom voltar e sentir-me responsável por isso tudo! Sinta-se responsável por ... ! Ache a resposta, e tu podes partir em segurança!
ENTÃO SABE
Dica 5. Á cargo de conclusão
É O QUE TEMOS QUE IMPORTA, E NÃO O QUE NOS FALTA
É isso que nós temos: um sítio! Um lindo sítio em dias de sol ou chuva.
E ele será muito bem cuidado, muito bem cultivado nos seus três alqueires plantáveis, e alguns adendos entre pomares, lago, corredeiras em riachos, saída para represa, e atrativos mais!
É NOSSO! Por mais que tenhamos as nossas DIFERENÇAS em conversas e necessidades PARTICULARES, que a região apresente muitas limitações em comércio e economia, SURGE a ROTINA que existe em qualquer lugar, atribulações de sítio que requerem cuidados e atenções na hora, porém é aqui! Aqui me sinto acolhido por retorno emocional de cuidados e mais: sinto-me responsável pelas atividades mencionadas e outras que virão.
Somos FAMÍLIA! É o que me oferecem, é o que devo fazer: iremos VIVER desse lugar!
Aliás, muitas das pessoas que encontrei por ai, por aqui, seres do mundão em eterna busca, quando quiserem ACAMPAR aqui na represa, em frente à Serra do Capote, será somente ter a boa comunicação, meio humilde meio se agarrando na próxima frase para não cair, atitude que me preteje e me abre portas até hj! É só CHEGAR!
Temos limitações, mais atitudes e sabedoria sobrando, alem de um CORAÇÃO enorme! Assim:
TEMOS VAGAS ! Se acheguem na Banca do Guto! BARRACA DO GUTO, Okay?!
VIDA LONGA, COLUNA ERETA, CABEÇA ERGUIDA.
Viagem sempre e desejo que os conselhos sejam válidos. Cuidem-se! Há sempre alguém por quem vocês se sintam responsáveis, sempre!
Volte por eles, para eles! E, por AMOR e por ti!
Sintam esse beijo e esse abraço!
GASTOS DESSE MOCHILÃO PETAR
Ônibus Ribeirão Branco Itapeva R$ 7,50 (saída 12:00)
1 Capotado de frango + 1 pipoca doce + 1 paçoca R$ 3,50 _ (Rod. Ribeirão)
Dois salgados + suco + 1 picolé R$ 8,50 _ (em frente Rod. Itapeva)
5 balas canela R$ 0,50
Ônibus Itapeva Apiaí R$ 15,0 (saída 15:00)
Cachorro quente duplo R$ 8,50 (Apiaí em frente praça central tive a dica da Pousada)
Pensão com café da manhã Apiaí (Hotel São Francisco) R$ 30,0
1 café + 1 dúzia de bananas da terra + 2 paçocas R$ 5,0 (primeira e única armazém caminho na estrada de chão)
Entrada Cachoeira Arapongas R$ 8,00
Dois Pastéis R$ 12,0 (Pastel da Zeni)
1 caldo de cana 500ml R$ 5,0 (Banca do Val)
1 cheese salada hambúrguer artesanal R$ 10,50 (Entrada do Camping Moria)
Uma pulseira de couro R$ 10,0
Dois sorvetes artesanais picolé R$ 4,0
8 cookies de chocolate R$ 6,0 (Em frente Morro do Ouro Apiaí)
Ônibus Apiaí Guapiara R$ 20,0 (saída 13:00 no portal da cidade)
_ Total: R$ 154,0
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