domingo, 16 de fevereiro de 2020

Sr Tocador de Tamborim




Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Não estou com sono e não estou indo a lugar algum
Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei

Embora eu saiba que o império da noite retornou ao pó
Varrido de minha mão
Deixando-me cegamente aqui parado, mas ainda não dormindo
Meu cansaço me espanta, estou plantado por meus pés
Não tenho quem encontrar
E a velha rua vazia está muito morta para sonhar

Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Não estou com sono e não estou indo a lugar algum
Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei

Leve-me a uma viagem em sua mágica nave ressoante
Meus sentidos foram arrancados, minhas mãos não podem segurar
Meus pés estão muito dormentes para pisar
Esperando apenas minhas botas para perambular
Estou pronto para ir a qualquer lugar, estou pronto para desaparecer
Em minha própria parada, lance seu feitiço dançante em meu caminho
Eu prometo segui-lo

Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Não estou com sono e não estou indo a lugar algum
Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei

Embora você possa ouvir-me rindo, girando, dançando loucamente através do Sol
Não está vendo ninguém, está só fugindo correndo
Pois no céu não há cercas revestidas
E se você ouvir traços vagos de rimas enroladas
Para o seu tamborim no momento, é apenas um rude palhaço atrás
Eu não lhe prestaria atenção
É apenas a sua sombra que ele está perseguindo

Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Não estou com sono e não estou indo a lugar algum
Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei

Então me faça desaparecer através dos anéis de fumaça de minha mente
Abaixo das ruínas nebulosas do tempo, passando ao longe das folhas congeladas
O assombro, árvores assustadoras, para fora da praia ventosa
Longe do alcance distorcido da tristeza insana
Sim, para dançar sob o céu de diamantes com uma mão acenando livremente
Em silhueta para o mar, circulado por areias circulares
Com toda a memória e destino navegando profundamente abaixo das ondas
Deixe-me esquecer do hoje até amanhã

Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Não estou com sono e não estou indo a lugar algum
Hei! Sr. Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei



Sir Bob Dylan











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Furacão



Tiros de revólver ressoam na noite dentro do bar
Entra Patty Valentine vinda do salão superior
Ela vê o garçom numa poça de sangue
Solta um grito "meu Deus, mataram todos eles!"
Aí vem a história do Furacão
O homem que as autoridades acabaram culpando
Por algo que ele nunca fez
Colocando numa cela de prisão, mas houve um tempo
Em que podia ter sido o campeão mundial

Três corpos deitados ali é o que patty vê
E outro homem chamado Bello rodeando misteriosamente
"Eu não fiz isso" ele diz e joga os braços pra cima
"Estava só roubando a registradora, espero que você entenda.
Eu os vi partindo" ele diz e para
"É melhor um de nós ligar pros tiras"
E assim Patty chama os tiras
E eles chegam na cena com suas luzes vermelhas piscando
Na noite quente de New Jersey

Enquanto isso, bem longe, em outra parte da cidade
Rubin Carter e uns dois amigos estão dando algumas voltas de carro
O pretendente número um à coroa dos pesos-médios
Não tinha ideia do tipo de merda que estava para baixar
Quando um tira o fez parar no acostamento
Igualzinho à vez anterior e à outra vez antes dessa
Em Paterson é assim mesmo que as coisas rolam
Se você é negro, melhor nem aparecer na rua
A não ser que queira atrair uma batida policial

Alfred Bello tinha um parceiro e ele soltou um papo atrás dos tiras
Ele e Arthur Dexter Bradley estavam só fazendo uma ronda
Ele disse "vi dois homens saírem correndo
Eles pareciam pesos-médios
Pularam dentro de um carro branco com a placa de outro estado"
E a senhorita Patty Valentine apenas assentiu com a cabeça
Um tira disse: "esperem um minuto, rapazes, este aqui não está morto"
Então o levaram à enfermaria
E embora esse homem mal pudesse enxergar
Disseram a ele que podia identificar os culpados

As 4 da manhã eles arrastam Ruby consigo
O levam para o hospital e o trazem escada cima
O homem ferido olha pra cima através de seu único olho moribundo
Diz, "por que vocês o trouxeram aqui dentro? Não é esse o cara!"
Sim, eis aqui a história do Furacão
O homem que as autoridades acabaram culpando
Por algo que ele nunca fez
Colocando numa cela de prisão, mas houve um tempo
Em que podia ter sido o campeão mundial

Quatro meses depois, os guetos estão em chamas,
Rubin está na América do Sul, lutando por seu nome
Enquanto Arthur Dexter Bradley continua no ramo do assalto
E os tiras estão apertando-o
Procurando alguém pra culpar.
"Lembra daquele assassinato que aconteceu num bar?"
"Lembra que você disse ter visto o carro fugitivo?"
"Você acha que está a fim de brincar com a lei?"
"Não acha que talvez tenha sido aquele lutador que você viu correndo pela noite?"
"Não se esqueça de que você é branco"

Arthur Dexter Bradley disse: "não tenho muita certeza."
Os tiras disseram: "um rapaz como você precisa de uma folga da polícia
Te pegamos por aquele serviço no motel e agora estamos conversando com seu amigo Bello
Agora, você não quer ter de voltar pra cadeia, seja um sujeito legal.p
Você estará fazendo um favor a sociedade.
Aquele filho-da-puta é valente e está ficando cada vez mais.
Nós queremos botar o rabo dele pra fritar
Queremos pregar esse triplo assassinato nele
O cara não é nenhum cavalheiro"

Rubin podia apenas nocautear um cara com apenas um soco
Mas nunca gostou muito de falar sobre isso
"É meu trabalho", diria, "e eu o faço para ser pago
E quando isso termina, prefiro cair fora o mais rápido possível
Na direção de algum paraíso
Onde riachos de trutas correm e o ar é ótimo
E andar a cavalo ao longo de uma trilha"
Mas aí o levaram para a cadeia
Onde tentaram transformar um homem num rato

Todas as cartas de Rubin já estavam marcadas
O julgamento foi um circo de porcos, ele não teve a menor chance
O juiz fez das testemunhas de Rubin bêbados das favelas
E para os brancos que assistiam, ele era um vagabundo revolucionário
E para os negros, apenas mais um crioulo maluco
Ninguém duvidava que ele tinha apertado o gatilho
E embora não conseguissem produzir a arma
O promotor público disse que era ele o responsável
E o juri, todos de brancos, concordou

Rubin Carter foi falsamente julgado
O crime foi de assassinato "em primeiro grau", adivinha quem testemunhou?
Bello e Bradley, e ambos mentiram descaradamente
E os jornais, todos pegaram uma carona nessa onda
Como pode a vida de um homem desses
Ficar na palma da mão de algum tolo?
Vê-lo obviamente condenado numa armação
Não teve outro jeito a não ser me fazer sentir vergonha de morar numa terra
Onde a justiça é um jogo

Agora todos os criminosos em seus paletós e gravatas
Estão livres para beber martínis e assistir o sol nascer
Enquanto Rubin fica sentado como buda em uma cela de 3 metros
Um homem inocente num inferno vivo
Essa é a história do Furacão
Mas não terá terminado enquanto não limparem seu nome
E devolverem a ele o tempo que serviu
Colocado numa cela de prisão, mas houve um tempo
Em que podia ter sido o campeão mundial


Sir Bob Dylan



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domingo, 9 de fevereiro de 2020

A ansiedade do Destino e da Morte






The Anxiety of Fate and Death
Fate and Death are the way in which our ontic self-affirmation is threatened by nonbeing. "Ontic", from the Greek "on", "being", means here the basic self-affirmation of a being in its simple existence. [Onto-logical designates the philosophical analysis of the nature of being].
The anxiety of fate and death is most basic, most universal, and inescapable. Even if it so called arguments for the "immortality of the soul" had argumentative power, which they do not have, they would not convince existentially.
For existentially everybody is aware of the complete loss of self which biological extinction implies.
The unsophisticated mind knows instinctively what sophisticated ontology formulates: that reality has the basic structure of self-world correlation and that with the disappearance of the one side of the world, the other side, the self, also disappeared, and what remains is their common ground but not their structural correlation.
The anxiety of death is the permanent horizon within which the anxiety of fate is at work.

#Philosophy, #being, #onticdesignation, #fate, #anxiety, #contingency, #death, #ontologicalstructure, #existence




A Ansiedade do Destino e da Morte _ O destino e a morte são a forma como nossa autoafirmação onética é ameaçada por não ser. "Ontic", do grego "on", "ser", significa aqui a autoafirmação básica de um ser em sua simples existência. [Onto-logical designa a análise filosófica da natureza do ser]. A ansiedade do destino e da morte é mais básica, universal e inevitável. Mesmo que os chamados argumentos para a "imortalidade da alma" tivessem poder argumentativo, o que eles não têm, eles não convenceriam existencialmente. Pois existencialmente todos estão cientes da completa perda de si mesmo que a extinção biológica implica. A mente pouco sofisticada sabe instintivamente o que a ontologia sofisticada formula: que a realidade tem a estrutura básica da correlação auto-mundo e que com o desaparecimento de um lado do mundo, do outro lado, do eu, também desapareceu, e o que resta é seu ponto comum, mas não sua correlação estrutural. A ansiedade da morte é o horizonte permanente dentro do qual a ansiedade do destino está no trabalho. #Philosophy, #being, #onticdesignation, #fate, #anxiety, #contingency, #death, #ontologicalstructure, #existence



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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Mente Aberta





o nosso conselho sincero é que se afastem daquilo que lhe proponham como proposta única e exclusiva para salvação. Qualquer proposta de pensamento assim, enquanto extrema ordem de conduta, é doutrinário e fundamentalista, não é um um bom caminho, principalmente porque a proposta será 100% garantida por humanos. Espíritos de Luz não forçam outros adquirirem conhecimento verdadeiro, isso é a premissa do bem: deixar exemplos de atitudes para que os demais percebam e aprendam em si, com aquilo que tem, a realização de boas atitudes nas suas capacidades, e a pratiquem. O único fundamentalismo do bem é ser bom e praticar o bem com o Todo. Não caias tu na roubada de achares que as práticas humanas estão interessadas em te conectar nesse grau de comportamento fraterno. Humanos tem o interesse próprio, geralmente o sensual unido à somar dinheiro. O bem tem desapego fraterno total. Essa é a escolha que damos. E, ao contrário do que possas pensar, não será difícil de seguir por não termos um local de práticas: nosso local é na atitude de devolver um troco real e justo no preço ao valor que o cliente leva, ao sair da nossa casa. Em qualquer lugar, justo.




By the Ocean_ Morten Lasskogen